Chegamos ao terceiro e último dia do nosso congresso, que promete deixar um impacto duradouro nos próximos meses de prática médica para os quase 2.000 colegas presentes.
Hoje, temos a honra de contar com grandes nomes internacionais, como a renomada norte-americana Dra. Jennifer Simmons e o ilustre colombiano Dr. Arturo O’Byrne, além de renomados médicos nacionais, como o Dr. Fernando Pequeno e o Dr. Antonio Teixeira. Para enriquecer ainda mais o evento, contamos também com a participação do consultor de imagem e estilo Alexandre Taleb.
Acompanhe agora o resumo das palestras que marcaram o encerramento do segundo maior Congresso de Longevidade da América Latina, consolidando-se como um evento de referência na promoção da saúde e bem-estar.
Câncer de Mama e a Terapia de Reposição Hormonal
A palestra da Dra. Jennifer Simmons, médica norte-americana de renome, trouxe reflexões profundas e desafiadoras sobre o câncer de mama e o papel da terapia de reposição hormonal (TRH) no cuidado dessas mulheres.
Unindo ciência, experiência pessoal e uma abordagem integrativa, ela apresentou alternativas para melhorar a qualidade de vida e o tratamento das pacientes, desmistificando conceitos ultrapassados da medicina convencional.
A Jornada Pessoal da Dra. Jennifer Simmons
A Dra. começou sua apresentação com um relato emocional de sua própria jornada. Proveniente de uma família marcada por casos de câncer de mama, ela compartilhou como o diagnóstico transformou sua perspectiva.
Após enfrentar o tratamento convencional, ela buscou na medicina funcional a cura e um novo propósito. “O tumor não é o problema, é o sintoma do problema“, afirmou, destacando a necessidade de ir além dos sintomas e tratar a raiz das causas subjacentes.
Ela relembrou os desafios enfrentados pelas mulheres diagnosticadas com câncer de mama, referindo-se a elas como “mulheres esquecidas”. Muitas enfrentam tratamentos agressivos, mas têm suas dores e sintomas negligenciados após o término da quimioterapia e radioterapia.
“É difícil mostrar gratidão quando você não consegue dormir, pensar, lembrar nomes, sofre com ansiedade, depressão, ganhou peso, e tem zero libido”, relatou.
Também destacou que um número crescente de mulheres está sendo diagnosticado precocemente, incluindo aquelas cuja doença não evoluiria, levando-as a tratamentos desnecessários e evitáveis.
Sintomas Debilitantes do Tratamento
A Dra. Jenn destacou os efeitos colaterais frequentemente enfrentados pelas pacientes durante e após o tratamento do câncer de mama. Esses incluem:
- Fadiga extrema
- Queda de cabelo (às vezes permanente)
- Dores articulares e musculares
- Neuropatia
- Alterações na pele
- Ondas de calor
- Depressão e ansiedade
- Baixa libido
- Problemas respiratórios e cardíacos
- Osteoporose
- Dores e inchaços causados por linfedema
- Dificuldades cognitivas (confusão mental, perda de memória)
- Distúrbios do sono e perturbações de humor
- Gases, inchaço e azia
Ela ressaltou que esses sintomas, muitas vezes ignorados pela medicina convencional, impactam profundamente a qualidade de vida das pacientes, tornando essencial uma abordagem que vá além da cura do câncer e promova um cuidado integral.
O Papel da Terapia de Reposição Hormonal (TRH)
Ela defendeu a TRH como uma opção segura e eficaz para mulheres com histórico de câncer de mama. A Dra. Simmons apresentou estudos que mostram que a TRH, particularmente com estrogênio bioidêntico, pode ser benéfica para essas pacientes.
Enfatizou que a ideia de que o estrogênio causa câncer de mama não é respaldada por evidências científicas recentes. Pelo contrário, mulheres em TRH tendem a apresentar tumores menos agressivos, melhores taxas de sobrevivência e maior qualidade de vida.
Estudos como o ensaio de Estocolmo e as pesquisas da Women’s Health Initiative mostram que a TRH, quando administrada de forma cuidadosa e personalizada, não apenas reduz sintomas da menopausa, mas também melhora os desfechos de saúde geral, incluindo proteção contra doenças cardiovasculares e osteoporose.
A Importância dos Exames Laboratoriais
Dra. Jenn destacou a necessidade de exames laboratoriais abrangentes para personalizar os tratamentos e garantir a segurança da TRH. Entre os exames recomendados estão:
- Exames hormonais: Testosterona (livre e total), estrogênios fracionados, progesterona, sulfato de DHEA.
- Marcadores metabólicos: Hemoglobina A1c, insulina, proteína C reativa cardíaca, ácido úrico.
- Marcadores de câncer: CA 15-3, CA 27.29, CA 125, galectina-3.
- Função tireoidiana: TSH, T3, T4 e anticorpos tireoidianos.
- Avaliação do microbioma e toxinas: Teste de microbioma intestinal, toxinas ambientais e metais pesados.
- Imagem mamária: Termografia, ultrassom mamário e QT Scan.
Ela reforçou que a interpretação desses exames deve ser feita em conjunto com a análise clínica, permitindo intervenções personalizadas e precisas.
Um Novo Olhar Sobre o Câncer de Mama
A Dra. Jenn concluiu sua palestra com um chamado à ação para médicos e pacientes: adotar uma abordagem integrativa e centrada no paciente.
Ela defendeu que o câncer de mama deve ser visto como uma resposta a um ambiente metabólico e imunológico comprometido, sendo essencial tratar o corpo como um todo. “A saúde é uma jornada, não um destino”, afirmou, encorajando os médicos a influenciarem suas pacientes a buscarem o equilíbrio e qualidade de vida.
Com uma mensagem poderosa de esperança e ciência, a Dra. Jenn inspirou os profissionais presentes a repensarem suas práticas, colocando as necessidades e o bem-estar das pacientes no centro do cuidado médico.
A palestra foi um marco no terceiro dia do Congresso de Longevidade Saudável, reafirmando o compromisso com a inovação e a empatia na medicina.
Desafios e Soluções do Climatério e Menopausa: Impactos na Saúde Feminina
O Dr. Fernando Pequeno abordou um tema de extrema relevância para a saúde da mulher: os desafios e soluções do climatério e da menopausa.
Com um olhar detalhado sobre condições frequentemente negligenciadas, como a endometriose e a síndrome dos ovários policísticos (SOP), ele apresentou insights que podem transformar a abordagem médica para mulheres nessa fase de transição hormonal.
Endometriose: Mais que uma Condição Ginecológica
A endometriose foi descrita como uma condição inflamatória crônica que afeta não apenas a fertilidade, mas também a saúde sistêmica das mulheres. Segundo o Dr. Fernando, essa doença pode ser comparada a condições malignas, não pela mortalidade, mas pela complexidade e persistência:
- Inflamação Sistêmica: a endometriose gera inflamações que alteram o fenótipo do sistema imunológico, favorecendo o desenvolvimento de doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide.
- Disbiose e Eixo HPA: mulheres com endometriose enfrentam uma sobrecarga no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, gerando sintomas como ansiedade, disautonomia e maior predisposição a infecções.
- Relação com a Dor: muitas pacientes criam crenças associando a dor à culpa ou punição, o que dificulta o tratamento. Para essas mulheres, a dor se torna parte da identidade e gera rejeição a terapias eficazes.
No climatério, os desafios se ampliam. A inflamação crônica da endometriose tende a agravar os sintomas da transição hormonal, como ondas de calor e insônia. Para pacientes submetidas à Terapia de Reposição Hormonal (TRH), o risco de recidivas ou alterações malignas precisa ser monitorado de forma rigorosa.
Síndrome dos Ovários Policísticos: Uma Condição Multifatorial
A SOP, definida como uma desordem metabólica e hormonal, é uma das principais causa de infertilidade e menopausa precoce em mulheres. Dr. Fernando destacou os principais aspectos da síndrome:
- Impacto Sistêmico: além de causar anovulação e hiperandrogenismo, a SOP aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e dislipidemias.
- Estresse Oxidativo e Mitocondrial: a disfunção mitocondrial é central na fisiopatologia da SOP, comprometendo o metabolismo energético e agravando o estresse inflamatório.
- Motivação para o Tratamento: ele enfatizou que muitas pacientes só buscam tratamento ao perceberem sintomas estéticos, como ganho de peso, reforçando a necessidade de conscientização médica para abordar a raiz do problema.
Para o manejo da SOP, é essencial combinar estratégias personalizadas, que incluem controle de peso, modulação hormonal e intervenções dietéticas específicas.
Desafios do Climatério e da Menopausa
O climatério marca uma transição importante na vida da mulher, com quedas nos níveis de estrogênio que afetam o metabolismo, a saúde óssea e o bem-estar psicológico. O Dr. Fernando destacou as seguintes preocupações:
- Doenças Metabólicas: o climatério é uma janela crítica para o desenvolvimento de resistência à insulina, dislipidemias e obesidade abdominal, condições que aumentam o risco cardiovascular.
- Deficiência de Ferro sem Anemia: comum em mulheres na transição hormonal, a deficiência de ferro afeta a energia, a cognição e a imunidade, mesmo na ausência de anemia diagnosticável.
- Saúde Óssea: a perda acelerada de massa óssea após a menopausa aumenta o risco de osteoporose, especialmente em mulheres com histórico de endometriose ou SOP.
Estratégias Terapêuticas Baseadas em Evidências
O Dr. Fernando apresentou uma abordagem centrada na medicina de precisão, integrando conhecimento científico com personalização terapêutica. Entre as soluções destacadas, incluem-se:
1. Suplementação Direcionada
- Vitamina D: essencial para a saúde óssea e imunológica, especialmente em mulheres com endometriose.
- Melatonina: indicada para pacientes com SOP, atua como antioxidante e regula o ciclo sono-vigília.
- Magnésio: fundamental para mitocôndrias saudáveis, melhora sintomas de fadiga e dor muscular.
2. Modificação do Estilo de Vida
- Dieta Anti-inflamatória: reduzir alimentos processados e adotar uma alimentação rica em fibras, gorduras saudáveis e proteínas magras pode modular a inflamação crônica.
- Exercícios Físicos: Dr. Fernando recomendou treinos personalizados: sessões curtas e intensas para quem segue dietas low-fat e treinos longos e moderados para adeptos de low-carb.
- Cronobiologia Alimentar: ajustar os horários das refeições para otimizar os ritmos circadianos e o metabolismo hormonal.
3. Terapia de Reposição Hormonal (TRH)
A TRH, quando bem indicada, pode melhorar significativamente a qualidade de vida das mulheres no climatério. Dr. Fernando enfatizou a necessidade de:
- Avaliação Individualizada: considerar histórico clínico, fatores de risco e preferências da paciente.
- Monitoramento Regular: realizar exames laboratoriais e de imagem para ajustar doses e prevenir efeitos adversos.
Medicina Centrada na Mulher
O Dr. Fernando Pequeno encerrou sua palestra com um apelo à prática médica mais empática e personalizada: “O desafio não deveria ser da mulher, mas do médico. Elas não deveriam lutar para conseguir se cuidar.”
Com essa abordagem integrativa, que considera as singularidades de cada paciente, ele reforçou que o climatério e a menopausa não precisam ser sinônimos de sofrimento, mas sim de uma nova fase de possibilidades para o bem-estar e a longevidade feminina.
Enfoque Preventivo, Diagnóstico e Terapêutico da Medicina Integrativa na Longevidade
O Dr. Arturo O’Byrne trouxe à tona a necessidade de abandonar o reducionismo da medicina convencional e adotar uma abordagem integrativa e bioreguladora, que reconheça o corpo como uma rede complexa e interconectada.
O Paradigma Bioregulatório e a Medicina de Sistemas
Ele começou destacando que as doenças crônicas e relacionadas ao estilo de vida representam 60% das mortes em todo o mundo.
Explicou que o modelo médico tradicional frequentemente se concentra em tratar sintomas isolados e desconsidera as interações sistêmicas entre os diversos componentes do organismo.
Ele apresentou a Medicina Sistêmica de Bioregulação, que tem como fundamento:
- A compreensão da matriz extracelular como elemento-chave na comunicação celular.
- A análise do terreno biológico do paciente, considerando fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida (expossoma).
- A integração de redes biológicas para abordar o corpo como uma totalidade, conectando fatores metabólicos, imunológicos, neurológicos e emocionais.
- Uma abordagem individualizada que considera a patobiografia do paciente, ou seja, como sua história de vida e exposição a fatores ambientais influenciaram sua saúde.
O Expossoma e a Causa das Doenças
Dr. Arthuro enfatizou que apenas 10% a 15% das doenças são atribuídas ao genoma. As doenças relacionadas ao expossoma, abrange fatores externos aos quais o organismo é exposto, como:
- Poluição e metais pesados.
- Radiações (incluindo exames médicos frequentes).
- Alimentação pró-inflamatória e deficiências nutricionais.
- Estresse crônico e fatores psicoemocionais.
Ele destacou que um dos maiores problemas da vida moderna é o impacto de dietas inadequadas. O consumo de alimentos industrializados e pró-inflamatórios induz processos que desencadeiam ou agravam doenças metabólicas e crônicas.
Além disso, ele abordou a importância do exercício físico regular para alinhar nosso estilo de vida com a genética ancestral, já que o corpo humano foi moldado para atividades físicas constantes.
Diagnóstico e Janelas Biológicas
Dr. Arthuro explicou que o corpo reflete os desequilíbrios internos através de manifestações externas, como alterações na cor e textura da pele ou dores específicas. Esses sinais podem ser usados para identificar disfunções sistêmicas subjacentes.
A abordagem bioreguladora propõe métodos diagnósticos como:
- Eletromedição Funcional Voll, que identifica desequilíbrios energéticos no organismo.
- Análise de Terreno Biológico, para avaliar toxicidade, inflamação e outras disfunções.
- Exames dentários, que podem revelar interferências sistêmicas, como o impacto de infecções dentárias na saúde geral.
Um caso citado por ele foi o de uma paciente que, após a remoção de um dente com interferência na hipófise, conseguiu engravidar—a demonstração prática de como os sistemas estão interligados.
Estratégias Terapêuticas na Bioregulação
Dr. O’Byrne apresentou um conjunto abrangente de estratégias terapêuticas, que incluem:
- Modulação do Terreno Biológico
- Detoxificação através de drenagem linfática, biofotoestimulação e terapias de jejum.
- Reposição de nutrientes essenciais e antioxidantes para reduzir o estresse oxidativo.
- Uso de Medicamentos Bioreguladores
- Ele destacou os medicamentos bioreguladores como uma alternativa multidimensional, que atuam em diferentes pontos do sistema e ajudam o organismo a restabelecer sua capacidade adaptativa.
- Suporte Nutricional e Ortomolecular
- Dietas individualizadas que reduzem inflamação e promovem a reparação celular.
- Suplementação de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais para restaurar o equilíbrio metabólico.
- Terapias Integrativas
- Aplicação de terapias regenerativas, como células-tronco e ozonioterapia, para otimizar a capacidade do corpo de se regenerar.
- Abordagens cronobiológicas para alinhar os ritmos biológicos do paciente com o ambiente natural.
A Integração da Mente e Emoções na Saúde
Uma das críticas de Dr. O’Byrne à medicina convencional foi o afastamento da conexão mente-corpo. Ele destacou que as emoções desempenham um papel fundamental na saúde e que condições como o estresse crônico podem influenciar diretamente os processos metabólicos e imunológicos.
Ele reforçou que uma abordagem bem-sucedida precisa incluir a psicoeducação e a promoção de hábitos que favoreçam a saúde mental, como meditação, exercícios regulares e fortalecimento de relacionamentos interpessoais.
“O Problema Não É Envelhecer, É Deteriorar!”
Ao falar essa frase, o Dr. O’Byrne lembrou que a longevidade não deve ser apenas um aumento no número de anos vividos, mas a preservação da qualidade de vida ao longo desse tempo.
A medicina bioreguladora surge como uma ferramenta essencial para alcançar esse objetivo, promovendo saúde integral e adaptabilidade.
Uma Nova Visão para a Prática Médica
A palestra do Dr. Arturo O’Byrne foi um chamado à ação para os profissionais de saúde presentes no congresso. Ele apresentou a medicina bioreguladora não apenas como um método, mas como uma filosofia que coloca o paciente no centro da prática médica, olhando para além dos sintomas e buscando as causas profundas da doença.
Este enfoque preventivo e terapêutico tem o potencial de transformar a maneira como a medicina é praticada, promovendo uma verdadeira longevidade saudável baseada em ciência, integração e humanidade.
O Poder da Imagem Como Ferramenta de Comunicação
A palestra de Alexandre Taleb, referência em consultoria de imagem, foi uma verdadeira lição sobre como a nossa aparência é muito mais do que estética – é uma poderosa ferramenta de comunicação.
Ele trouxe reflexões sobre a importância de se apresentar de forma alinhada, seja no âmbito pessoal ou profissional, e como essa escolha pode impactar diretamente a percepção dos outros.
A Imagem como Reflexo do Comportamento
Ele começou reforçando a ideia de que nossa imagem pessoal é um reflexo do nosso comportamento e da maneira como nos posicionamos no mundo.
Exemplificou como, em menos de um segundo, passamos uma primeira impressão, ressaltando que raramente temos uma segunda chance de mudar essa percepção inicial.
A comparação das duas maçãs – uma bonita e uma podre – foi usada como metáfora para ilustrar a importância de nos vestirmos adequadamente, pois “por que você acha que se vestir como uma maçã podre vai ser bom se a própria natureza que quem está com uma aparência boa, é a melhor opção?”.
Ele alertou que, ao nos descuidarmos da imagem, podemos perder oportunidades e conexões importantes.
Dicas Práticas e Reflexões sobre Estilo
Entre as dicas práticas, ele mencionou:
- Tipos de ternos masculinos: destacou que ternos de três botões estão desatualizados, enquanto os de dois botões são os mais versáteis e os de um botão representam sofisticação máxima, usados por homens poderosos ao redor do mundo.
- Acessórios como símbolos de status: para os homens, o calçado é o principal acessório. “Homens são vistos pelos pés“, destacou. Para as mulheres, ele enfatizou a importância de uma bolsa de qualidade, preferindo uma de loja de departamento a uma réplica.
- A importância da discrição: o desleixo chama mais atenção do que uma vestimenta escolhida com bom senso e estilo, o que contraria o princípio da discrição e sofisticação.
Além disso, ele mencionou a “invisibilidade social“, um fenômeno que descreve como algumas pessoas acabam sendo ignoradas ou subestimadas por sua apresentação inadequada.
Imagem e Crescimento Pessoal
Também destacou que “todo crescimento gera distanciamento”, uma forma de dizer que evoluir, pessoal ou profissionalmente, exige adaptações, inclusive na forma como nos apresentamos.
Ele compartilhou histórias pessoais de sua carreira e os convites únicos que recebeu, como ser embaixador da BMW, jantar com o ator que interpretou o personagem Wolverine, a convite da Montblanc, e palestrar em Harvard sobre imagem pessoal – experiências que, segundo ele, só foram possíveis por sua forma de se apresentar e conectar com as pessoas.
“Não Conquiste Clientes, Conquiste Pessoas!”
Uma frase impactante da palestra foi: “Pare de conquistar pacientes e comece a conquistar pessoas.” Alexandre enfatizou que relacionamentos genuínos começam pelo cuidado com a imagem e gerou a reflexão do sentimento que estamos deixando nas pessoas pelo mundo.
A palestra trouxe uma mensagem poderosa: investir na imagem pessoal não é apenas uma questão de vaidade, mas de comunicação efetiva e construção de um legado.
Afinal, “sua marca é o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala”, citando Jeff Bezos.
Ozonioterapia e Sua Contribuição na Qualidade de Vida e Longevidade
A última palestra foi comandada pelo Dr. Antonio Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) e da Federação Mundial de Ozonioterapia (WFOT). Reconhecido como um dos principais defensores dessa prática integrativa, o médico destacou como a ozonioterapia pode contribuir significativamente para a promoção da longevidade, da qualidade de vida e do envelhecimento saudável.
Apesar de enfrentar resistência em alguns setores, o Dr. Antonio apresentou evidências científicas que demonstram o potencial dessa abordagem na regeneração celular, na redução do estresse oxidativo e no equilíbrio imunológico, especialmente em tempos de crescente prevalência de doenças crônicas.
O Que é a Ozonioterapia?
A ozonioterapia é uma técnica que utiliza o gás ozônio em doses controladas para fins terapêuticos. Diferente de outros métodos convencionais, ela atua ao estimular um leve estresse oxidativo no organismo. Esse “estresse positivo” ativa mecanismos antioxidantes naturais, melhora a função mitocondrial e promove reparações celulares essenciais para combater doenças e envelhecimento precoce.
Ele apresentou os principais mecanismos de ação da ozonioterapia:
- Indução de Estresse Oxidativo Leve: a geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) em pequenas quantidades atua como sinalizador para ativar mecanismos protetores.
- Estimulação do Sistema Antioxidante: aumenta a produção de enzimas como superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase e catalase.
- Melhoria da Função Mitocondrial: estimula a eficiência mitocondrial, promovendo maior produção de energia (ATP) e saúde celular.
- Regulação do Sistema Imunológico: promove equilíbrio entre citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias, reduzindo inflamações crônicas.
- Atuação Antisséptica: efetiva contra bactérias, vírus, fungos e parasitas.
- Oxigenação Celular: melhora a microcirculação e a oxigenação periférica, fundamental para tecidos e órgãos.
Esses mecanismos tornam a ozonioterapia uma abordagem multifuncional para uma ampla gama de condições clínicas.
Impacto no Envelhecimento e na Saúde Mitocondrial
Dr. Antonio explicou que o envelhecimento está intimamente relacionado ao estresse oxidativo, à disfunção mitocondrial e à inflamação crônica. Ele ressaltou que a ozonioterapia é capaz de mitigar esses fatores ao ativar o fator nuclear eritroide 2 (NRF-2), um regulador essencial da resposta antioxidante no organismo.
Estudos clínicos mencionados indicam que a aplicação de ozônio em baixas doses:
- Reduz o estresse oxidativo em até 43%;
- Aumenta os níveis de glutationa (GSH) em 48%;
- Estimula a regeneração celular e melhora a função das mitocôndrias, essenciais para a produção de energia.
Essas ações têm impactos diretos na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, como diabetes, doenças cardiovasculares e condições neurodegenerativas.
Aplicações Clínicas e Evidências
A ozonioterapia já é amplamente utilizada em diversos contextos clínicos, com destaque para:
- Doenças Crônicas: ajuda a regular o metabolismo, melhorar a microcirculação e reduzir a inflamação.
- Saúde Intestinal: promove a cicatrização de lesões intestinais, reduz inflamações e melhora a absorção de nutrientes.
- Regeneração da Pele: o uso de óleos ozonizados é eficaz na cicatrização de feridas e na regeneração cutânea, sendo amplamente aplicado em dermatologia.
- Tratamento da Dor: uma alternativa viável e menos invasiva para o manejo de dores musculoesqueléticas e inflamações articulares.
O Papel da Ozonioterapia na Longevidade
Dr. Antonio destacou que, embora o envelhecimento seja inevitável, é possível reduzir os danos associados a ele. Aplicações regulares de ozônio em baixas doses atuam como reguladores redox, protegendo o corpo de danos oxidativos crônicos e promovendo uma maior qualidade de vida.
Ele mencionou que, ao regular o sistema antioxidante e melhorar a função mitocondrial, a ozonioterapia oferece:
- Prevenção contra doenças relacionadas ao envelhecimento;
- Estímulo à bioestimulação e à angiogênese, favorecendo a regeneração tecidual;
- Aumento da capacidade de adaptação a mudanças ambientais e metabólicas.
Abordagem Personalizada e Multidisciplinar
Dr. Antonio enfatizou que a ozonioterapia não deve ser vista como uma solução isolada, mas como parte de uma abordagem integrativa que inclui:
- Dieta Antioxidante: alimentos ricos em compostos bioativos, como frutas e vegetais frescos.
- Atividade Física Regular: promove o equilíbrio do sistema nervoso autônomo e otimiza a função mitocondrial.
- Sono Reparador: fundamental para o processo de detoxificação glifática e regeneração celular.
- Redução de Exposição a Toxinas: evitar poluentes e agentes inflamatórios presentes no ambiente.
Embora altamente segura, a ozonioterapia deve ser realizada por profissionais capacitados e em doses adequadas. Ele também enfatizou a necessidade de continuar expandindo as pesquisas para fortalecer ainda mais as bases científicas dessa prática, especialmente em aplicações emergentes, como o tratamento de doenças neurodegenerativas e metabólicas.
O Dr. Adriano destacou que a ozonioterapia é uma ferramenta poderosa para equilibrar os sistemas do corpo, promover a regeneração celular e prolongar a qualidade de vida.
Ele trouxe uma reflexão: A longevidade não é apenas viver mais anos, mas viver com saúde, energia e propósito. E a ozonioterapia é uma aliada essencial nessa jornada.
Por fim…
Reafirmamos nosso compromisso com a ética e a transparência em relação a cada conteúdo apresentado hoje. Ressaltamos que as palestras refletem as pesquisas, opiniões e experiências individuais de seus respectivos palestrantes, não representando necessariamente a visão oficial da organização do congresso.
Com o coração cheio de gratidão, encerramos mais uma edição, um marco de excelência e inovação no cenário da saúde integrativa.
Durante três dias, profissionais renomados e médicos participantes do Brasil inteiro uniram forças para debater o futuro da medicina, compartilhar experiências e explorar práticas que estão transformando a longevidade e a qualidade de vida.
Agradecemos profundamente aos palestrantes, organizadores, expositores, apoiadores e, especialmente, a cada participante que, com sua presença, fez deste evento um grande sucesso.
Que os aprendizados adquiridos neste congresso sejam aplicados no dia a dia, inspirando mudanças e impactando positivamente a vida de milhares de pacientes.
Esta troca de conhecimento não apenas fortalece a prática médica, mas também renova nosso propósito de promover saúde com ciência, ética e humanidade. Nos vemos na próxima edição, com novos desafios e ainda mais histórias para compartilhar!
Esperamos todos vocês em 2025 para o nosso Seminário Internacional e em 2026 para mais uma edição do Congresso.